Aquele sentimento bom de ser uma pessoa única. De saber que possui qualidades e defeitos como todo mundo, mas o jeito como eles se manifestam em mim formam minha personalidade, me dão uma moldagem singular, uma forma de areia, usada uma vez só, por mim. E só por mim. Aquele sentimento bom de me olhar no espelho e saber exatamente quem eu sou. Saber da minha sinceridade comigo mesma, saber que eu me conheço, que eu aprendi a me enxergar e me admirar, e muito, sem idealizações, sem exigir de mim aquela tal de perfeição, que eu consegui perceber que não me faz melhor. O que me completa de verdade é o que eu sou, quem eu sou, como eu me transmito. E o que eu quero é me transmitir pra mim, como um fluxo contínuo, da cabeça pro coração e principalmente o contrário. Eu gosto muito de mim. E é isso que me permite gostar tanto das outras pessoas.
Diálogo Íntimo.
Aí você muda seus conceitos, diz que poesia não é algo tão bonito assim, que a música só serve para iludir uma alma ou fazê-la entrar em um êxtase momentâneo, que não cura, não surte efeito nenhum, não ajuda e que depois que o silencio volta, voltam as mágoas, ressentimentos e dúvidas. Diz que amanhã vai ser igual ao hoje, que depois pode nem fazer tanta diferença assim, que sonhar é para os fracos, que a vida exige de nós atitude e que os sonhadores geralmente caem e, metaforicamente dizendo (já se contradizendo, porque metáfora é figura de linguagem associada aos textos poéticos), quebram o pescoço. Diz também que eu sou fraca, porque acredito nas pessoas, acredito no amanhã, acredito que posso fazer diferente, que vou saber me defender, que, aliás, não vou nem me machucar tanto assim,porque os meus amigos de verdade não vão me ferir e que eu estou completamente enganada, porque vai chegar uma hora que eu vou estar sozinha, sem ninguém, sem sonhos, sem amigos, sem amparo, ferida,...
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