Tudo acontece por acaso.
Ela tinha um sorriso esplêndido. Sorria coma alma. De orelha a orelha. Achava que a vida merecia um pouco mais de sua atenção e seu carinho. - Não, não é a vida que deve me abraçar. Eu que devo acolher a vida, com todo carinho, delicadeza e força que eu puder. – dizia ela. Ela achava que os problemas não deveriam fazer com que a vontade que ela tinha de peitar o mundo sumisse, de mansinho, como quem foge a noite. - Eu sou a sentinela. Eu cuido. Quando ouço passos indo distantes, no meu coração, pela madrugada, eu que devo tratar de segui-los, apanhá-los e dizer que não devem ir embora. Que se aqui no meu peito anda meio que difícil sobreviver, onde sobreviveria sem mim? Eu dependo de vocês para ter forças pra encarar a vida todos os dias e vocês, meus sonhos, precisam estar no meu peito se um dia quiserem chegar a se algo. Se vocês quiserem virar realidade. Ela achava que o problema do abandono, da marginalização de pessoas, da falta de instrução, da miséria e do desrespeito e...